RELATO REFLEXIVO
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” (Saint-Exupéry).
Embora me encontre como Supervisora de Ensino, fui professora de Sociologia e História no Ensino Fundamental e Médio, durante muitos anos e também trabalhei como formadora do Programa “Letra e Vida”, em alfabetização. Assim todas as situações que envolvem leitura e escrita e também uso de tecnologia, me interessam sobremaneira. Por esse motivo me inscrevi para realizar o curso “Leitura e Escrita em Contexto Digital” que faz parte do Programa Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade.
A ideia de refletir e exercer práticas de leitura e escrita em ambientes digitais interativos proposta pelo curso me cativou desde o primeiro contato. Confesso que o desenvolvimento das atividades me foi muito prazeroso, apesar do período, um pouco conturbado, em que o curso ocorreu. Conturbado pelas demandas da própria Diretoria de Ensino e pelas demandas da Secretaria de Estado da Educação. A vivência e o trabalho com diferentes abordagens de circulação, compreensão e produção textual foram gratificantes, no sentido de que, enquanto formadora poderei dispor de muitas delas na melhoria qualitativa dos cursos de formação desenvolvidos na nossa Diretoria.
Sempre partilhei a ideia de que nossos saberes, nossos conhecimentos são como sementes, que devem ser socializadas (plantadas em outros terrenos) para que cresçam e frutifiquem. Nesse sentido as discussões sobre gêneros do discurso e esferas de atividade muito acrescentaram aos saberes de que já dispunha. Combinado com a análise de práticas pedagógicas correntes e na escola e de como elas contribuem para o desenvolvimento das capacidades leitoras e escritoras, aguçaram ainda mais a paixão que já havia em mim em relação a tais temáticas. A produção textual para o contexto digital, como toda produção é como um parto, ou seja, a gestação de ideias transformadas embasadas em textos, autores, discursos, vivências; que reelaborados se consubstanciam em um novo arranjo de palavras, períodos e contextos: nasce um novo texto! Nessas atividades não tive muitos problemas, gosto de gestar novos textos em novos contextos.
No entanto, nem tudo são flores! Com certeza a pouca familiaridade que tinha em relação aos Blogs fez com que muitas vezes me sentisse tentada a desistir. Mas como desistir se costumo dizer aos meus professores que a aprendizagem é um exercício de vontade? Assim me aventurei pelo preenchimento de perfis, cadastros, formulários, li e reli várias vezes as dicas da Perpétuo Socorro, as respostas certeiras da Justina Mosca e as explicações milimétricas e sofisticadas do Professor Epaminondas. E entrei de cabeça na participação do Blog do grupo 6. No entanto, como sempre ouvi de meu pai: “se não há bem que dure, também não há mal que se perpetue”... O colega Félix com todo o seu conhecimento e facilidade em interagir com as tecnologias, tomou para si a organização do Blog! E o Blog ficou muito bom, bastante interessante!
Espero que nosso grupo consiga de maneira consensual realizar a opção de continuidade de nosso Blog “Mídias na Educação”, pois é fundamental para o gerenciamento de nossa vida profissional essa possibilidade de troca de ideias, materiais didáticos interessantes e de poder contar com a opinião de outros colegas. É uma maneira muito positiva para minimizar a solidão que cerca a vida profissional dos docentes e dos gestores. É um instrumento para socializar saberes, para vencer distâncias, para revisitar práticas é enfim mais uma oportunidade para o exercício da leitura e da escrita. Se o Blog e os colegas nos cativaram, nos tornamos responsáveis por eles!
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